Tecnologia está presente em 5,3 mil municípios do Brasil e agronegócio é fundamental nessa expansão
Os moradores do setor rural correspondem por 13,2% da potência instalada de energia solar no país, atrás apenas dos consumidores residenciais (40,7%), comércio e serviços (36,6%). Em número de estruturas instaladas, o campo responde por 7% do total, também atrás de consumidores residenciais (75,2%), empresas de comércio e serviços (15,2%). A informação é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
A entidade também divulgou números sobre a utilização dessa fonte de energia: o Brasil possui, atualmente, 518 mil sistemas solares fotovoltaicos instalados em residências, estabelecimentos comerciais, unidades industriais e propriedades rurais.
A capacidade total instalada atingiu 6 gigawatts (GW) de potência, taxa considerada histórica. “É uma ótima notícia, pessoas estão contribuindo para preservar a natureza, tendo em vista que a energia solar, além de ser considerada limpa, ainda ajuda o consumidor a economizar na conta de luz. O agronegócio é o grande responsável por esse crescimento, já que um dos principais aliados por manter a nossa economia girando, precisa economizar na conta de luz para continuar investimento em produtos e mão de obra qualificada”, comemora o sócio diretor da Amerisolar Brasil, Leandro Quintão.
De acordo com a Absolar, os investimentos em energia solar fotovoltaica no Brasil somam R$ 30,6 bilhões desde 2012. Hoje, ela está em 5,3 mil municípios do Brasil, com destaque para Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Paraná. “A facilidade em adquirir os painéis e o custo-benefício são fatores chaves para esse crescimento”, destaca.
Energia acessível
Se antes as chamadas energias limpas eram consideradas caras, isso tende a mudar, principalmente, quando se trata da solar. “Nos últimos 15 anos, os custos médios dos módulos solares sofreram queda considerável”, afirma Leandro.
Além disso, em alguns países investir em energia solar é mais econômico do que o carvão e outros combustíveis fósseis. “Há regiões dos Estados Unidos (EUA) que isso já é realidade. Por meio da inovação, é possível reduzir cada vez mais os custos”, revela.
O caminho é longo para tornar a energia solar mais acessível, entretanto, não é impossível. “Um dos primeiros passos é promover o corte de 60% de custo para as usinas de energia solar até 2030. Logo, esse incentivo do governo também atingirá a população comum em suas residências, a partir da diminuição de preços para casas que possuem painel solar”.
Fonte: Leandro Quintão, diretor e sócio da Amerisolar Brasil.